Fui pedida em Casamento, e agora?

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Durante os primeiros dias, tudo parece simples.

Há alegria, mensagens, abraços, chamadas que não acabam, sorrisos espontâneos.

E depois, quase sem aviso, vem a pergunta:

E agora?

Não costuma ser dita em voz alta logo no início.

Mas aparece nos silêncios, nas pesquisas tardias no telemóvel, nas conversas começadas com “achamos que devíamos…”.

É normal.

Mais do que normal — é quase inevitável.

Depois do “sim”, o mundo entra na conversa

Assim que o pedido é conhecido, surgem opiniões.

Algumas pedidas, outras nem tanto.

Datas sugeridas.

Locais “imperdíveis”.

Conselhos bem-intencionados.

Listas do que “tem de ser tratado já”.

De repente, aquilo que era só vosso começa a ganhar ruído.

E é aqui que muitos casais sentem uma estranha mistura de felicidade com ansiedade.

Como se estivessem atrasados em algo que ainda nem começou.

Não é preciso decidir tudo agora

Uma das ideias mais perigosas que circula por aí é esta:

“Se não começarmos já, vamos ficar sem opções.”

Claro que algumas decisões precisam de tempo.

Mas quase nenhuma precisa de pressa.

Não é urgente saber:

  • o estilo da decoração
  • a paleta de cores
  • o tipo de fotografia
  • o número exato de convidados

Antes disso, há algo muito mais importante para perceber.

Como querem viver o vosso dia

Não como querem que o dia pareça.

Mas como querem vivê-lo.

Há casais que querem um dia calmo.

Outros querem barulho, dança e movimento.

Há quem queira estar rodeado de pessoas o tempo todo.

E há quem precise de pausas, silêncio e espaço.

Nenhuma destas escolhas é melhor do que outra.

Mas todas mudam completamente as decisões que vêm depois.

Quando isso não é claro desde o início, é fácil construir um dia bonito… mas cansativo.

Organizado… mas distante.

Perfeito para os outros, estranho para quem o vive.


O perigo de decidir antes de sentir

Muitos casais começam a tratar de fornecedores antes de entenderem o que realmente querem.

Não por falta de cuidado, mas por medo de falhar.

Medo de escolher mal.

Medo de se arrepender.

Medo de não corresponder às expectativas.

E assim, as decisões vão sendo feitas com base no que parece certo, no que é popular, no que “funciona”.

O problema é que um casamento não é um projeto genérico.

É uma experiência profundamente pessoal.


Dar espaço também é uma decisão

Há valor em parar.

Em não decidir tudo no mesmo mês.

Em deixar a ideia de “casamento” assentar.

Conversar.

Discordar.

Mudar de ideias.

Voltar atrás.

Esses momentos fazem parte do processo e dizem muito sobre o dia que vai existir mais tarde.

Não há nada de errado em não saber por onde começar.

Às vezes, isso é apenas um sinal de que ainda estão a descobrir o que faz sentido para vocês.


Antes dos fornecedores, as perguntas certas

Talvez o primeiro passo não seja marcar visitas, pedir orçamentos ou criar pastas de inspiração.

Talvez o primeiro passo seja este:

O que é realmente importante para nós neste dia?

A resposta a essa pergunta simplifica tudo o resto.

E quando chega o momento de falar com fornecedores — especialmente com quem vai estar convosco de forma próxima e contínua — essa clareza faz toda a diferença.

No próximo texto, falo sobre isso.

Sobre o que descubro logo na primeira conversa com um casal.

E porque essa conversa diz muito mais sobre o casamento do que qualquer fotografia.


Fui pedida em Casamento, e agora?

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